terça-feira, 24 de abril de 2012

Alzheimer

O que é a doença de Alzheimer?
É uma enfermidade progressiva, de causa ainda desconhecida que acomete preferencialmente as pessoas idosas. Foi descrita pela primeira vez pelo médico Alois Alzheimer, em 1907. É uma forma de demência cuja causa não se relaciona com a circulação ou com a aterosclerose, sendo devida à morte das células cerebrais responsáveis pela liberação de um neurotransmissor, a acetilcolina, que está estreitamente ligada a processos da memória, raciocínio lógico, julgamento, linguagem e também comportamento e capacidade da pessoa se orientar no tempo e no espaço.
Quais são os sintomas?
No começo são os pequenos esquecimentos, normalmente aceitos pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que vão se agravando gradualmente. Os pacientes tornam-se confusos e, por vezes, agressivos. Passam a apresentar alteração da personalidade com distúrbios de conduta e terminam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colocados frente a um espelho. À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação se inviabiliza e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as atividades elementares do cotidiano como alimentação, higiene, vestimenta, entre outros.
** É de vital importância que os sintomas iniciais sejam observados e valorizados, na tentativa de estabelecer um diagnóstico o mais precocemente possível, o que infelizmente ainda não é o observado na prática diária.**
A primeira e mais característica marca do início da doença está relacionada com o comprometimento da memória recente ou de fixação. Essas alterações não são constantes e se apresentam como falhas esporádicas de memória, que se repetem com frequência variável, sem constância.
Nessa fase, também surgem os episódios de desorientação espacial, especialmente em lugares desconhecidos, podendo também ocorrer alterações na orientação temporal. Todas essas alterações, no entanto, como não se repetem com frequência preocupante, são entendidas como fato natural, em virtude do avanço da idade, do nervosismo e de outras desculpas relacionadas ao cotidiano.
As alterações comportamentais costumam acompanhar essa evolução, e, lenta e gradualmente, há mudanças no padrão habitual de comportamento.
Dois grupos de comportamento são bastante conhecidos: um pela apatia, passividade e desinteresse, e outro em que a irritabilidade, o egoísmo, a intolerância e a agressividade são características. Indivíduos gentis tornam-se rudes e agressivos, egoístas e obstinados, desagradáveis e inflexíveis. Nos casos em que a apatia é predominante, é imprescindível que se faça um diagnóstico diferencial com depressão (pseudodemência) e com a doença de Pick.
Costuma-se dizer que a doença de Alzheimer enfatiza as características da personalidade prévia, especialmente as negativas. A associação frequente de estados depressivos com a doença de Alzheimer está cientificamente comprovada.
As alterações da memória e da orientação espacial causam estados depressivos que se manifestam por apatia e desinteresse pelas tarefas e atividades até então normalmente desempenhadas e inseridas no cotidiano recente. Essa alteração do estado de ânimo tem sido associada com a percepção que o indivíduo tem de suas dificuldades, que tendem a se agravar, não apresentando melhora.
Qual a causa da doença de Alzheimer ?
A causa ainda não é conhecida, mas, admite-se que é um doença degenerativa, geneticamente determinada e que não é hereditária, ou seja, não é transmitida entre familiares.
Como é feito o diagnóstico?
Não há um teste específico para a doença. O diagnóstico definitivo da DA só pode ser feito por exame do tecido cerebral obtido por biópsia ou necropsia. Deste modo, o diagnóstico é feito excluindo outras causas de demência pela história (depressão, perda de memória associada a idade), exames de sangue (hipotireoidismo, deficiência de vitamina b), tomografia computorizada ou ressonância magnética cerebral (múltiplos infartos, hidrocefalia) e outros exames. 

Quais os sinais de alerta?
1. Perda de memória
É normal esquecer ocasionalmente reuniões, nomes de colegas de trabalho, números de telefone de amigos, e lembrar-se deles mais tarde.
Uma pessoa com a doença de Alzheimer esquece-se das coisas com mais frequência, mas não se lembra delas mais tarde, em especial dos acontecimentos mais recentes.
2. Dificuldade em executar as tarefas domésticas
As pessoas muito ocupadas podem temporariamente ficar tão distraídas que chegam a deixar as batatas no forno e só se lembram de as servir no final da refeição.
O doente de Alzheimer pode ser incapaz de preparar qualquer parte de uma refeição ou esquecer-se de que já comeu.
3. Problemas de linguagem
Toda a gente tem, por vezes, dificuldade em encontrar a palavra certa.
Porém, um doente de Alzheimer pode esquecer mesmo as palavras mais simples ou substituí-las por palavras desajustadas, tornando as suas frases de difícil compreensão.
4. Perda da noção do tempo e desorientação
É normal perdermos – por um breve instante – a noção do dia da semana ou esquecermos o lugar para onde vamos.
Porém, uma pessoa com a doença de Alzheimer pode perder-se na sua própria rua, ignorando como foi dar ali ou como voltar para casa.
5. Discernimento fraco ou diminuído
As pessoas podem por vezes não ir logo ao médico quando têm uma infecção, embora acabem por procurar cuidados médicos.
Um doente de Alzheimer poderá não reconhecer uma infecção como algo problemático e não ir mesmo ao médico ou, então, vestir-se inadequadamente, usando roupa quente num dia de Verão.
6. Problemas relacionados com o pensamento abstracto
Por vezes, as pessoas podem achar que é difícil fazer as contas dos gastos.
Mas, alguém com a doença de Alzheimer pode esquecer completamente o que são os números e o que tem de ser feito com eles. Festejar um aniversário é algo que muitas pessoas fazem, mas o doente de Alzheimer pode não compreender sequer o que é um aniversário.
7. Trocar o lugar das coisas
Qualquer pessoa pode não arrumar corretamente a carteira ou as chaves.
Um doente de Alzheimer pode pôr as coisas num lugar desajustado: um ferro de passar no frigorífico ou um relógio de pulso no açucareiro.
8. Alterações de humor ou comportamento
Toda a gente fica triste ou mal-humorada de vez em quando.
Alguém com a doença de Alzheimer pode apresentar súbitas alterações de humor – da serenidade ao choro ou à angústia – sem que haja qualquer razão para tal fato.
9. Alterações na personalidade
A personalidade das pessoas pode variar um pouco com a idade.
Porém, um doente com Alzheimer pode mudar totalmente, tornando-se extremamente confuso, desconfiado ou calado. As alterações podem incluir também apatia, medo ou um comportamento inadequado.
10. Perda de iniciativa
É normal ficar cansado com o trabalho doméstico, as actividades profissionais do dia-a-dia ou as obrigações sociais; porém, a maioria das pessoas recupera a capacidade de iniciativa.
Um doente de Alzheimer pode tornar-se muito passivo e necessitar de estímulos e incitamento para participar.

Para saber mais, consulte:

http://www.alzheimermed.com.br
http://www.alzheimerportugal.org




Como a Musicoterapia pode contribuir nesse contexto?
A Musicoterapia utiliza a música para facilitar e promover a comunicação, aprendizagem, expressão, as relações e o bem estar do indivíduo. Os elementos da música como o som, ritmo, melodia e harmonia, auxiliam os idosos a melhorar o seu quadro clínico e prevenir o agravamento de algumas patologias. Além disso, as atividades musicoterapêuticas focam no aumento da disposição física e mental do idoso, na integração com as pessoas, principalmente no ambiente em que passam a maior parte do dia e consequentemente, melhorar sua qualidade de vida.
Alguns benefícios da Musicoterapia:

* Aumenta a disposição física e mental,
* Relaxamento (muscular e mental)
* Estimula o bom humor,
* Melhora a resistência física,
* Elabora sentimentos,
* Melhora a concentração,
* Estimula percepção sensorial,
* Diminui a ansiedade.

Musicoterapia no Fantástico

O programa Fantástico, apresentou uma matéria sobre os benefícios da Musicoterapia junto aos portadores de Alzheimer.
Acesse o link abaixo. Trata-se de um vídeo rápido que tem como abertura uma propaganda do Boticário antes da matéria.



Um comentário: