sexta-feira, 27 de abril de 2012

Autismo, Síndrome de Asperger, Síndrome do X-Frágil e Musicoterapia

O que é Autismo?

Conhecido cientificamente como DGD - Distúrbios Globais do Desenvolvimento – o autismo é uma síndrome caracterizada por alterações que se manifestam, sempre, na interação social, na comunicação e no comportamento.

           Normalmente manifesta-se por volta dos 3 anos de idade, persistindo por toda vida adulta. Atinge principalmente o sexo masculino, na proporção de quatro meninos para cada menina. As causas ainda não foram claramente identificadas e várias abordagens de tratamento têm sido desenvolvidas.

            Os prejuízos estão diretamente relacionados ao grau de autismo que a pessoa apresenta. Algumas, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam também retardo mental, mutismo ou importantes retardos no desenvolvimento da linguagem. Algumas parecem fechadas e distantes, outras, presas a comportamentos restritos e/ou rígidos padrões.

            As pessoas com autismo têm um modo diferente de aprender, organizar e processar as informações. Para respeitar estas diferenças, elas precisam de ambientes estruturados e organizados, pois normalmente os autistas têm dificuldades em mudar suas rotinas diárias.

           Instituições educacionais bem estruturadas, com profissionais especializados, possibilitam um tratamento mais apropriado para os portadores de autismo em seus diversos graus de comprometimento.
           À medida que conseguimos estabelecer um vínculo com cada um deles, procurando proporcionar um ambiente terapêutico, onde possam se sentir acolhidos, observamos um desabrochar na forma de se relacionarem. Cada um coloca-se com a característica que lhe é peculiar.

Informações encontradas em:
                                             
O que é a Síndrome de Asperger?
    
            A síndrome de Asperger, uma forma de autismo, é um distúrbio que prejudica a maneira de uma pessoa se comunicar e se relacionar com os outros. Contudo, portadores desta Síndrome usualmente têm problemas menores com a fala do que autistas clássicos. Freqüentemente se expressam fluentemente, embora suas palavras possam soar formais e afetadas. Estes pacientes também não apresentam as dificuldades de aprendizagem inerentes ao autismo. De fato, pessoas com síndrome de Asperger geralmente apresentam um quociente de inteligência médio ou acima da média. Conhece-se casos de pessoas com este distúrbio que concluíram curso universitário e até o PhD, como é o caso de Temple Gradin, que se destacou por seus trabalhos na área de Ciência dos Animais. Estas pessoas partilham muitas das mesmas características do autismo, mas certos traços, tais como descoordenação motora são típicos.

As características são:            Dificuldades no relacionamento social. Ao contrário daqueles com autismo clássico, que geralmente parecem se desinteressar e se isolar do mundo em torno deles, muitos dos que têm síndrome de Asperger tentam ser sociáveis e não têm aversão ao contato. Contudo, encontram dificuldades para entender sinais não verbais, inclusive expressões faciais.

Informações encontradas em:




Como a Musicoterapia pode colaborar?

O tratamento do autismo não se limita a uma única terapia. Deve ser multidisciplinar e quanto mais cedo a criança for adequadamente tratada, maior qualidade de vida ela terá.
Como a Musicoterapia utiliza a música, os sons, os instrumentos musicais e outros componentes sonoro-musicais dispensando o uso da fala, torna-se  a primeira técnica de aproximação onde a música funciona como um canal de comunicação, havendo uma interação entre paciente e terapeuta.
O processo musicoterapêutico desenvolvido com esses pacientes tem por objetivo minimizar o isolamento e/ou as fixações e estereotipias típicas da patologia, estimulando a interação lúdica através do fazer musical. Possui como objetivo principal "abrir um canal de comunicação" com a criança quer seja através do olhar, do toque (nos instrumentos) ou da escuta (percepção dos estímulos sonoros). Neste momento também se oportuniza a possibilidade de canalizar estereotipias e/ou comportamentos inadequados, utilizando os instrumentos sonoro-musicais para re-significar ações e/ou condutas para atividades construtivas. Não se trata de inibir as estereotipias e/ou fixações, mas de canalizá-las para a auto-expressão, através dos diferentes tipos de interação. As interações podem ocorrer de diversas formas e em diversos âmbitos: interações com o instrumental, tendo o instrumento como objeto intermediário de uma relação, quere seja com o musicoterapeuta e/ou com seus pares; interação com o som/música, quer através de melodias ou ritmos conhecidos, quer através de sons novos ao seu universo sonoro, buscando oportunizar a percepção de novas fontes sonoras; interação com atividades lúdicas.
A música faz um bem inimaginável para o bem estar e auxilia no tratamento de muitas doenças. Tudo cientificamente comprovado. A música atinge em cheio o sistema límbico, região do nosso cérebro responsável pelas emoções, pela motivação e pela afetividade. Esse é ponto chave da musicoterapia.
 Nos autistas, a música não verbalizada é decodificada no hemisfério direito do cérebro (subjetivo e emotivo). Ela se move até o hipotálamo, e passa para o córtex (responsável pelos estímulos motores e do intelecto).
Os sons verbais, no entanto, não “funcionam” dessa forma porque são registrados no hemisfério esquerdo, na região cortical (analítica e lógica) diretamente do aparelho auditivo.
Em resumo, no autista, a música atinge em primeiro lugar a emoção para depois passar para reações físicas, como o batucar, por exemplo, nas pessoas normais. Dessa forma, o autista consegue interagir com o terapeuta.
Pacientes que sofreram lesão do lado direito do cérebro, podem ter a percepção melódica comprometida. O tratamento com musicoterapia, nesse caso, utiliza estímulos sonoros nas adjacências da área lesada, que criará novas conexões cerebrais.
Participar de uma experiência musical provoca uma série de processos neurofisiológicos e psicológicos identificáveis e desenvolve atitudes motoras, perceptivas e cognitivas que ativam processos afetivos e socialização. Abaixo vocês podem ver o resumo descritivo de cada tipo de experiência.
Experiências sensoriais: ouvir, discriminar e reconhecer sons e/ou música

Experiências motoras: executar instrumentos, mover-se  através da música

Experiências emocionais: expressar estados de ânimo e/ou sentimentos

Experiências cognitivas: atenção, concentração, memória, análise e síntese

Experiências sociais: participar de atividades musicais coletivas com relação a produção sonoro-musical de outras pessoas



Algumas pesquisas falam sobre a colaboração da Musicoterapia com
crianças autistas


Romper os padrões de isolamento e abandono social e contribuir para o desenvolvimento sócio-emocional: ao invés de ameaçador, o som e o contato com o instrumento podem fascinar o autista e ser o intermédio entre o paciente e o terapeuta. O autista percebe que o instrumento precisa de uma pessoa para o executar e a barreira pode ser rompida. Pode ser um processo demorado mas depois disso, a música pode ser a chave para a evolução do autista como por exemplo ser uma forma afetiva de ensinar comportamentos adequados.

Facilitar a comunicação verbal e não-verbal: a terapia musical pode facilitar o desejo de comunicação. O autista pode perceber mais facilmente as notas musicais que a comunicação verbal. Utilizar um instrumento de sopro é uma forma equivalente a aprender a vocalizar: ajuda a utilizar lábios, boca, mandíbula e dentes. O uso de padrões melódicos e ritmos fortes também são benéficos para manter a atenção e compreensão da linguagem falada.
Reduzir os comportamentos consequentes de problemas de percepção e funcionamento motor: O autista tem dificuldade de expressar estímulos sensoriais e isso pode ser melhorado através de atividades rítmicas e musicais.
Facilitar a auto-expressão e promover satisfação emocional: a musica pode desenvolver a curiosidade e interesse para a criança explorar os estímulos. Pessoas que estão espectro autista têm comportamentos musicais e esse é um dos indicativos para fazer ela sair do “seu mundo”. (ex de comportamentos: repetição de canções, atração por certos sons, timbres ou fontes sonoras). As atividades propostas são:
canto: fonte de segurança emocional e estabilidade, estímulo de várias áreas, é uma via para a comunicação oral;
instrumento musical: comportamento tangível, pode começar com um nível simples e evoluir para níveis complexos, estimula a liberação de emoções, dá para a criança uma sensação de vitória. Aumenta a coesão de grupo, habilidades sociais, atenção, melhora a coordenação motora fina e grossa, coordenação olho-mão, percepção auditiva, visual, tátil e regride o comportamento inadequado;
movimento com a música: atividade motora grossa rítmica, locomoção básica, movimentos psicomotores livres e estruturados, dança, movimentos criativos combinados com canto ou instrumentos musicais.


http://www.youtube.com/watch?v=HGH1UD7uIQ4&feature=share






Distúrbio não é ausência, dificuldade não é impossibilidade.


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                 Você já ouviu falar na síndrome do X Frágil? Poucas pessoas ouviram.

DESCRIÇÃO
A síndrome do X Frágil (SXF) é uma síndrome hereditária e é a segunda causa mais comum de deficiência (a primeira é a síndrome de Down) de deficiência intelectual. Em 1943, Martin e Bell mostram uma forma singular de deficiência intelectual relacionada ao cromossomo X.  Em 1969, Herbert Lubs descobre uma falha genética num cromossomo X na família de dois irmãos com deficiência intelectual. Em fins de 1970, Grant Sutherland, estudando casos de fragilidade no cromossomo X, denomina essa síndrome de X Frágil. 
Pessoas afetadas por essa síndrome apresentam problemas comportamentais, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e, em alguns casos, certas particularidades físicas.
A Síndrome do X Frágil é uma condição genética herdada, produzida pela presença de uma alteração molecular ou mesmo de uma quebra na cadeia do cromossomo X, no ponto denominado  q27.3 ou q28, condição esta associada a problemas de conduta e de aprendizagem, bem como a diversos graus de deficiência mental.
A doença é muito mais freqüente em meninos que em meninas, talvez porque nos homens há apenas 1 cromossomo X, portanto, sendo este X defeituoso, não haveria outro X sadio para compensar como ocorre nas mulheres que têm 2 cromossomos desse tipo.
·        Características clínicas
Os sinais da Síndrome do X Frágil são algo diferentes entre portadores homens e mulheres, assim também como é diferente a freqüência dessa ocorrência entre os dois sexos: 1 a cada 660 nascimentos em homens e 1 para cada 1.250 nascimentos em mulheres.

·         Nos Homens:
1 - Região frontal algo protuberante.
2 – Face alongada
3 - Orelhas grandes e, freqüentemente de abano.
4 - Leve prognatismo (projeção da mandíbula para frente).
5 - Macroorquidismo (aumento do tamanho dos testículos), em 80% dos casos.
6 - Retardo no aparecimento da linguagem.
7 - Severos problemas de atenção.
8 - Instabilidade de conduta, oscilando de amigável a violento.
9 - Pode coexistir um quadro de Autismo Infantil.
10 - Padrão de personalidade retraída, grave e que se evidencia logo na primeira infância
11 - Pode coexistir mutismo, indiferença interpessoal e atos repetitivos sem sentido.
12 - Pobre contato visual (olhar evasivo).
13 - Onicofagia (comer unhas), desde muito cedo.
14 - Hipotonia (flacidez muscular). Este costuma ser o que motiva a primeira consulta.
15 - Retardo intelectual de leve a profundo.
16 - Convulsões em 20% dos casos.
·         Nas mulheres
Conforme já tem observado alguns autores, é freqüente encontrar meninas com a síndrome mas clinicamente normais ou quase normais, sendo a causa da maior parte das consultas, as dificuldades de aprendizagem e/ou de conduta. O prognóstico intelectual depende da porcentagem de células afetadas. Se, por exemplo, apenas 4% das células são afetadas a criança terá uma intelectualidade normal.
De um modo geral, pode-se dizer que a maioria das meninas são assintomáticas (dois terços).  A importância no diagnóstico da Síndrome do X Frágil em mulheres, está mais relacionada ao planejamento genético e transtornos de conduta do que à intelectualidade.
Alguns estudos apontam que 1 entre 259 mulheres de todas as raças é portadora de cromossomo X frágil e, embora assintomáticas (sem sintomas), essas mulheres podem passar esse gen aos filhos homens, os quais têm probabilidade muito grande de manifestar a doença. Em Hones, as estatísticas dos portadores falam em 1 entre 800. Esses números sugerem que, embora a doença franca e manifesta seja muito mais freqüente em homens, as mulheres são muito mais acometidas como portadoras (sem a doença manifesta).
Outra ocorrência clínica associada à Síndrome do X Frágil é a grande incidência de anormalidades eletroencefalográficas que esses pacientes apresentam. Essa anormalidade elétrica já havia sido notada há tempos nesses pacientes, entretanto, só recentemente se reconheceu que a ocorrência simultânea de Síndrome do X Frágil e de epilepsia era muito maior apenas os portadores masculinos da doença (Singh), a mulher portadora dessa carga genética têm incidência de EEG anormal tal como na população geral.
·         Critérios de diagnóstico
Começo antes dos 30 meses.
- Progressiva ausência de respostas às pessoas.
- Déficit grosseiro no desenvolvimento da linguagem.
- Se existe a linguagem, estão presentes alguns transtornos desta (ecolalia, p.ex.).
- Alguns sintomas semelhantes ao autismo, como por exemplo, respostas bizarras aos estímulos, resistência a mudanças, apego anormal a objetos inanimados...
·        Alterações da Fala e Linguagem
Muitas crianças portadoras de Síndrome do X Frágil apresentam alterações da fala e da linguagem. A maioria delas não consegue elaborar frases curtas antes dos 2 e meio anos de idade. Normalmente a alteração da linguagem é detectada antes mesmo do diagnóstico da Síndrome do X Frágil. As alterações comuns da fala incluem a ecolalia (repetição de fonemas).

·         Características da fala: 1 - Fala rápida
2 - Rítmo desordenado
3 - Dispraxia oral
4 - Volume alto
5 - Habilidade sintática preservada
6 - Dificuldade na relação semântica (temporal, seqüencial conceitual, inferências)
7 - Boa capacidade imitativa de sons
8 - Bom senso de humor
9 - Uso freqüente de frases automáticas
·         Características Cognitivas
Os graus de deficiência das crianças portadoras da Síndrome do X Frágil são muito variados, alguns casos podendo, inclusive, ser percebidos como deficientes apenas por seus pais. Os graus mais leves são compatíveis com boa habilidade verbal e apreensão rápida dos estímulos ambientais, conseqüentemente a aprendizagem nesses casos é boa. Normalmente as meninas com essa síndrome, como dissemos, podem ter um funcionamento mental absolutamente normal.
O aprendizado dos portadores da Síndrome do X Frágil com retardo mental dá-se, predominantemente por estimulação visual e a maioria deles têm dificuldades variáveis para a solução de problemas. O aprendizado está comprometido na maioria deles.
O teste de DNA para o diagnóstico da Síndrome do X Frágil foi desenvolvido a partir de 1992. Trata-se de um exame de sangue capaz de detectar a presença da síndrome na criança.
·         Tratamento da Síndrome do X Frágil
Herman Bleiweiss é um dos autores que defendem tratamentos não apenas baseados na estimulação precoce dos portadores da Síndrome do X Frágil mas, principalmente baseados na utilização de neurotransmissores.
Bleiweiss diz que para uma abordagem terapêutica eficaz o diagnóstico deve ser completado, obrigatoriamente, com um estudo dos neurotransmissores. Isso é imprescindível para saber que tipo de alteração bioquímica se deve corrigir. Dependendo dos resultados desses estudos, inicia-se um tratamento que se ajustará às particularidades de cada caso.
Já houve tentativas de tratamento da Síndrome do X Frágil através de altas doses de ácido fólico, o qual melhorava sobremaneira o aspecto proteico de tecidos in vitro. Entretanto, as alterações de reparo cromossômico com ácido fólico eram apenas constatadas em microscópios óticos mas, a nível molecular essas melhoras não aconteciam.
Muitas dessas crianças (com convulsões ou eletroencefalograma positivos) são tratadas com anticonvulsivantes mas, no caso da Síndrome do X Frágil, os anticonvulsivantes podem agravar o quadro por diminuir ainda mais os níveis de ácido fólico.
O tratamento das psicopatologias que eventualmente estão junto com a Síndrome do X Frágil merece uma avaliação à parte, talvez pelo diferente metabolismo cerebral desses pacientes. Havendo Esquizofrenia, por exemplo, notadamente do tipo Esquizoafetivo, o tratamento mais eficiente é aquele que associa neurolépticos, valproato de sódio e lítio (Al Semaan).
Tanto os adultos quanto as crianças portadores da Síndrome do X Frágil apresentam freqüentemente problemas comportamentais. Esses problemas estariam relacionados à falta da proteína FMR1, proteína esta produzida pelo gen também denominado FMR1 o qual é seriamente afetado nessa doença. Essa proteína está normalmente presente em todos os neurônios e na sua falta, podem ocorrer alterações na própria estrutura cerebral, alterações nos níveis de AMP cíclico e alterações nos neurotransmissores. Graças à essas últimas alterações é que se pode pleitear o tratamento da maioria dos sintomas comportamentais desses pacientes.
Por outro lado, não são todos os portadores da Síndrome do X Frágil que apresentam problemas comportamentais, mas também não são todos que respondem ao tratamento da mesma forma.
Evidentemente é importante lembrar que a medicação não é o único tratamento útil para os portadores dessa síndrome, sendo desejável que se utilize também a terapia psicomotora e da fala, bem como os recursos da pedagogia especializada.
Afortunadamente a maioria dos sintomas comportamentais, como por exemplo, a hiperatividade, impulsividade, oscilações do humor, alterações da atenção, agressividade, ansiedade e comportamento obsessivo respondem bem ao tratamento medicamentoso.



·         Comportamento da Pessoa com X Frágil
Pessoas afetadas pela Síndrome do X Frágil geralmente apresentam comportamento diferente da maioria das pessoas. São frequentes as seguintes características:
·             Hiperatividade;
·             Impulsividade;
·             Baixa concentração;
·             Ansiedade social;
·             Dificuldade em lidar com estímulos sensoriais;
·             Imitação;
·             Desagrado quando a rotina é alterada;
·             Comportamentos repetitivos;
·             Irritação e "explosões emocionais"
·             Traços de autismo como:

·                             Agitar as mãos;
·                             Evitar contato tátil;
·                             Evitar contato visual.
Nas meninas afetadas estes traços são mais sutis. Nelas a dificuldade de relacionamento social é marcada por timidez acentuada.
·         Problemas de Atenção e Hiperatividade
Quase um terço das meninas e quase todos os meninos afetados pela Síndrome do X Frágil apresentam significativas alterações da atenção e hiperatividade,
·         Ansiedade e Comportamento Obsessivo
A ansiedade é também um problema comum nos pacientes com Síndrome do X Frágil, manifestando-se particularmente quando eles se defrontam com situações novas. Ataques de Pânico podem ocorrer tanto em pacientes meninos como meninas.

Alguns indivíduos podem apresentar ainda algumas características, como:
  • Hipotonia muscular;
  • Comprometimento do tecido conjuntivo;
  • Pés planos;
  • Palato alto;
  • Prolapso da válvula mitral;
  • Prega palmar única;
  • Estrabismo;
  • Escoliose;
  • Calosidade nas mãos (decorrente do hábito de morder as mãos);
A característica mais significativa de uma pessoa afetada por essa síndrome é o atraso no desenvolvimento, mas é importante lembrar que os graus de deficiência das crianças portadoras da Síndrome X Frágil são muito variados. Os indivíduos portadores dessa síndrome podem apresentar algumas características cognitivas, como:
  • Excelente memória;
  • Bom vocabulário;
  • Habilidade para leitura;
  • Facilidade na identificação de sinais gráficos e logotipos;
  • Uso de jargões e frases de efeito;
  • Seguem instruções ao “pé da letra”;
  • Fala repetitiva;
  • Podem dar importância a aspectos irrelevantes;
  • Ecolalia (repetição de fonemas).
O diagnóstico dessa síndrome é feito através de exame citogenético (cariótipo). É importante lembrar que se for diagnosticada a Síndrome X Frágil, os outros membros da família também deverão se submeter ao exame.
A dificuldade em lidar com estímulos excessivos pode levar a comportamentos inadequados como agitar as mãos, fala repetitiva e irritação, mesmo em situações em que suas habilidades cognitivas são suficientes para um bom desempenho.
Pessoas afetadas pela Síndrome do X Frágil tendem a imitar, portanto é imprescindível que se dê um modelo adequado. Eles sentem-se bem quando a rotina é seguida, aproveite e estabeleça uma rotina que lhes traga benefícios. É certo que não podem ser exigidos além de seu potencial, mas temos verificado que este potencial em geral é maior do que imaginávamos.
O tratamento da Síndrome X Frágil consiste em terapias especiais e estratégias de ensino que ajudam as pessoas afetadas por essa síndrome a aumentarem o seu desempenho. Uma equipe multidisciplinar tanto da saúde como da educação, devem fazer o acompanhamento do indivíduo acometido por essa síndrome.
O Autismo interliga-se e confunde-se muitas vezes com a Síndrome de X Frágil.
Referencias
Ballone GJ - Síndrome do X Frágil - in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.med.br
http://www.xfragil.org.br/




                           DE QUE FORMA A MUSICOTERAPIA PODE CONTRIBUIR

A Musicoterapia utiliza a música em todas as suas formas, com participação ativa ou passiva do paciente.
Os objetivos terapêuticos fundamentais com a síndrome do x-frágil são:
·         Promover estimulação física e intelectual,
·         Orientação comportamental,
·         Promover a comunicação,
·         Bem estar emocional,
·         Desenvolvimento pessoal,
·         Interação,
·         Autonomia,
·         Romper padrões de isolamento,
·         Satisfação emocional
·         Valores pessoais.

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